A Objetiva fotográfica

As objetivas (também chamadas de lentes) são a alma de uma câmara fotográfica. Através da passagem da luz pelos seus cristais, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para sensibilizar o sensor e formar a imagem.
Uma lente é formada basicamente de três elementos básicos: o corpo (de metal ou outro material de boa resistência) que envolve e protege os elementos internos, os cristais que constituem o elemento ótico da estrutura e o diafragma.


Tipos de Objetivas

A distância focal, medida em milímetros, é a distância entre o centro ótico da lente e o sensor da câmara. É através deste valor que classificamos as lentes (além da abertura do diafragma que veremos a seguir).

 - Objetivas grande angular
As objetivas com distância focal inferior a aproximadamente 40mm são consideradas grande angular, pois oferecem um amplo campo de visão. Ou seja, com seu uso podemos enquadrar grandes áreas a uma curta distância. São indispensáveis para fotografias em locais fechados, como em festas e eventos.

 - Objetivas normais
As objetivas com distância focal entre 40 e 60mm, aproximadamente, são consideradas lentes normais pois produzem imagens muito próximas da visão humana.

 - Tele-objetivas
As lentes que possuem distância focais superior a 60mm são consideradas tele-objetivas, pois aproximam bem as imagens e oferecerem um pequeno ângulo de visão. São essenciais para fotografias de assuntos muito distantes, e são muito usadas em fotos de desportos e natureza.

 - Objetiva Zoom
As objetivas zoom possuem distância focal variável, sendo muito versáteis e práticas por nos possibilitar fazer vários tipos de enquadramento com um único equipamento. Até certa época, a maioria das lentes tinham comprimento focal fixo. Atualmente, ainda há diversos modelos como estes, mas as lentes com zoom marcam presença.
Para entender o que é o zoom, pense no seguinte: ao falarmos que uma objetiva tem 4X de zoom, por exemplo, estamos querendo dizer que a relação entre sua distância focal mais longa e sua mais curta equivale a 4, como uma 70-300mm (300/70=4, aproximadamente).


O fator de corte
A grande maioria das câmaras digitais do mercado possui o chamado de "Fator de corte", que faz com que uma objetiva se comporte como outra de maior distância focal.


O diafragma
O diafragma é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, controlando a quantidade de luz que passa através dela. É composto por um conjunto de lâminas finas e justapostas que se abrem e fecham para controlar a quantidade de luz. Para um melhor entendimento, pense como se a objetiva fosse o olho humano e o diafragma fosse a pupila.


A abertura do diafragma é um fator importantíssimo a se observar. Ela é medida por números f (f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11....), que possuem natureza inversa (quanto menor o número f, maior será a abertura do diafragma, possibilitando maior incidência de luz, e vice-versa). O valor indicado em uma objetiva se refere à maior abertura possível de se ajustar.

Para cada número f consecutivo, temos a metade da luz que a abertura anterior permite passar. Ex.: f/8 permite a passagem de metade da luz de f/5.6 (um ponto abaixo), e o dobro de f/11 (um ponto acima). As câmaras possibilitam ajustar valores intermediários entre um ponto e outro, normalmente terços de um ponto (ou seja, entre f/5.6 e f/8 você teria q pular 3 ajustes).
Em lentes zoom, você verá dois números f. Ex.: em uma lente 18-55mm com a abertura indicada de "1:3.5-5.6", o 3.5 corresponderá à maior abertura possível quando a lente estiver com 18mm, enquanto o 5.6 corresponderá à maior abertura quando a lente estiver com 55mm, havendo outras aberturas máximas nas distâncias focais entre 18 e 55mm. Lentes mais caras e de melhor qualidade podem oferecer uma abertura máxima constante ao longo de todo o range.
A abertura do diafragma interfere diretamente na profundidade de campo (a área de da cena que está em foco). Você pode ver mais detalhes sobre este assunto aqui.


Estabilização de imagem
A estabilização de imagem é um recurso muito útil que reduz o número de imagens falhadas e tremidas. Pode estar instalada no próprio corpo da câmara ou nas lentes. Em câmaras compactas, micro-motores movimentam o sensor de imagem lateralmente para compensar os tremores da mão.
Em geral, este recurso permite que você faça fotos estáveis em uma velocidade que pode ser até quatro vezes menor do que sem ele. Com uma mão bem firme, é possível até mesmo se tirar fotos nítidas utilizando a velocidade de 1/4s!
Sua maior vantagem pode ser sentida em Tele-objetivas, já que em grandes distâncias focais os tremores das mãos são amplificados.
Então, ao comprar uma lente ou câmara fotográfica, leve em consideração a presença deste recurso, pois em determinadas situações ele poderá ser indispensável!

Mas fique atento: alguns fabricantes, usando algumas artimanhas, usam a chamada estabilização de imagem digital... o que ocorre na verdade é um simples aumento da sensibilidade ISO do sensor, possibilitando velocidades mais rápidas. Ou seja, não se trata de um autêntico sistema de estabilização.

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